sexta-feira, 4 de maio de 2012

A educação que transforma e colabora para o desenvolvimento sustentável

por Fernando Feitoza*

Ultimamente muito tem se debatido sobre desenvolvimento sustentável e economia verde, conceitos globais que surgem para apresentar à sociedade a importância de conservar os recursos naturais e rever nossa cultura de consumo para garantir uma qualidade de vida das gerações atuais e futuras. Esses conceitos dependem da conscientização de setores da sociedade e da participação popular.
Pesquisas feitas em outubro de 2011 apontam que apenas 11% da população brasileira ouviu falar sobre a Rio + 20 no Rio de Janeiro. Resultados diferentes teríamos se o tema fosse Copa do Mundo e Olimpíadas. Isso nos mostra  como a sustentabilidade ainda está distante do consciente coletivo, mesmo presente no cotidiano de todos.
Um caminho para mudar isso seria sem dúvida a educação, ou a Educação para a sustentabilidade.
Há 20 anos o Brasil sediou a Rio 92. Na ocasião c0onceitos foram debatidos  e criados  e se to0rnaram marcos, destaque para a frase:”Pensar globalmente e agir localmente”.. Ou seja, como pensar na sustentabilidade em termos universais, se não analisamos o que fazemos em casa, rua, bairro, comunidade... E assim voltamos à educação.
A Educação para a sustentabilidade é uma forma de estimular mudanças de comportamento por meio de vivências. A socialização do conhecimento, respeitando as realidades, pode transformar essas realidades e colabora para melhorar a qualidade de vida da sociedade.
O projeto “Parceiros da Transformação”, no município de Jacareí, interior de são Paulo, em parceria com a prefeitura  e a empresa Fibria é um exemplo dessa proposta. O Projeto colabora com o desenvolvimento de quatro bairros da cidade e cria redes para que a população troque experiências e trabalhe em processos comunitários. Utilizam metodologias variadas, aliando teoria à prática, focando nas necessidades de cada grupo e com o propósito de despertar o olhar para a sustentabilidade.
O primeiro passo nesse projeto é o envolvimento de públicos variados, escolas, comunidades, ambientes corporativos ou órgãos públicos, buscando identificar suas necessidades, incentivando que todos participem do processo através de oficinas, encontros e atividades de educação.
Nos quatro bairros atendidos, o projeto já beneficiou mais de 22 mil pessoas o que comprova a afetividade desse processo educativo.
Pessoas organizadas com o propósito podem promover grandes realizações, concretizar sonhos, indo alem de suas capacidades individuais.
A experiência do Projeto mostra como o conhecimento compartilhado pode mobilizar coletivamente e enfrentar desafios da sustentabilidade. A partir de transformações locais e é possível construir um futuro onde o desenvolvimento sustentável se torne uma realidade de grande alcance. A educação é o primeiro passo.(Envolverde. Jornalismo & Sustentabilidade, 20/04/2012)
* Fernando Feitoza é gerente de Educação para a Sustentabilidade da Fundação Espaço ECO.

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