Ultimamente muito tem se debatido
sobre desenvolvimento sustentável e economia verde, conceitos globais que
surgem para apresentar à sociedade a importância de conservar os recursos
naturais e rever nossa cultura de consumo para garantir uma qualidade de vida
das gerações atuais e futuras. Esses conceitos dependem da conscientização de
setores da sociedade e da participação popular.
Pesquisas feitas em outubro de
2011 apontam que apenas 11% da população brasileira ouviu falar sobre a Rio +
20 no Rio de Janeiro. Resultados diferentes teríamos se o tema fosse Copa do
Mundo e Olimpíadas. Isso nos mostra como
a sustentabilidade ainda está distante do consciente coletivo, mesmo presente
no cotidiano de todos.
Um caminho para mudar isso seria
sem dúvida a educação, ou a Educação para a sustentabilidade.
Há 20 anos o Brasil sediou a Rio
92. Na ocasião c0onceitos foram debatidos
e criados e se to0rnaram marcos,
destaque para a frase:”Pensar globalmente e agir localmente”.. Ou seja, como
pensar na sustentabilidade em termos universais, se não analisamos o que fazemos
em casa, rua, bairro, comunidade... E assim voltamos à educação.
A Educação para a
sustentabilidade é uma forma de estimular mudanças de comportamento por meio de
vivências. A socialização do conhecimento, respeitando as realidades, pode
transformar essas realidades e colabora para melhorar a qualidade de vida da
sociedade.
O projeto “Parceiros da
Transformação”, no município de Jacareí, interior de são Paulo, em parceria com
a prefeitura e a empresa Fibria é um
exemplo dessa proposta. O Projeto colabora com o desenvolvimento de quatro
bairros da cidade e cria redes para que a população troque experiências e
trabalhe em processos comunitários. Utilizam metodologias variadas, aliando
teoria à prática, focando nas necessidades de cada grupo e com o propósito de
despertar o olhar para a sustentabilidade.
O primeiro passo nesse projeto é
o envolvimento de públicos variados, escolas, comunidades, ambientes
corporativos ou órgãos públicos, buscando identificar suas necessidades,
incentivando que todos participem do processo através de oficinas, encontros e
atividades de educação.
Nos quatro bairros atendidos, o
projeto já beneficiou mais de 22 mil pessoas o que comprova a afetividade desse
processo educativo.
Pessoas organizadas com o
propósito podem promover grandes realizações, concretizar sonhos, indo alem de
suas capacidades individuais.
A experiência do Projeto mostra
como o conhecimento compartilhado pode mobilizar coletivamente e enfrentar
desafios da sustentabilidade. A partir de transformações locais e é possível
construir um futuro onde o desenvolvimento sustentável se torne uma realidade
de grande alcance. A educação é o primeiro passo.(Envolverde. Jornalismo &
Sustentabilidade, 20/04/2012)
* Fernando
Feitoza é gerente de Educação para a Sustentabilidade da
Fundação Espaço ECO.
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